Durante o período mais opressivo da Ditadura Militar, Orlando e Clarice se conhecem. Um encontro que logo se transformou em amor e conexão inabaláveis, mas que sofre as interferências cruéis do período sanguinário do nosso país. Ainda assim, o casal faz do mundo um lugar feliz quando estão juntos e conquista seus momentos felizes e risos compartilhados. Eles se separam, mas impera o desejo do reencontro. Sabem que suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Com o passar do tempo, acomodam-se em uma existência medíocre que não os permite guiar suas vidas plenamente: eles não têm escolha, e a separação que dói é vigiada pelos militares que suspeitam do casal. Quando decidem viver os sonhos não realizados, o complexo de culpa do rapaz leva a história a um desfecho surpreendente. Cinzas de cogumelos azuis é muito mais do que uma simples história de amor. É um retrato da própria história, de um período obscuro, apesar de trazer um sopro de esperança. Aqui, temos poesia, música e uma belíssima compreensão até bem-humorada para se conseguir viver dentro de um mundo áspero e sufocante.