As letras são a forma sincera dos nossos segredos, encorajam-nos na adversidade, jorram impetuosas com a nossa indignação, aplacam-nos a ira quando lhes descobrimos a virtude de sonharmos através delas, são sábias se precisamos de um conselho, ingênuas, maliciosas, exatas, imprudentes, misteriosas, complicadas, melancólicas e imensas, raras, indisciplinadas e organizadas ao mesmo tempo, bastantes perante a nossa maior exigência, tão insistentemente insuficientes quando se trata de as definirmos como quando queremos explicar o sentido da vida. São a sonoridade interior da nossa essência.