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Silvia Federici é uma intelectual militante de tradição feminista marxista autônoma. Nascida na cidade italiana de Parma em 1942, mudou-se para os Estados Unidos em 1967, onde foi cofundadora do Coletivo Feminista Internacional, participou da Wages for Housework Campaign [Campanha pelo salário para o trabalho doméstico] e contribuiu com o coletivo Midnight Notes. Durante os anos 1980, foi professora na Universidade de Port Harcourt, na Nigéria, onde acompanhou a organização feminista Women in Nigeria e contribuiu para a criação do Comitê para a Liberdade Acadêmica na África. Na Nigéria, pôde ainda presenciar a implementação de uma série de ajustes estruturais patrocinada pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial, processo no qual se inspirou para escrever sua obra-prima, Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva (Elefante, 2017 [2023]). Atualmente, Silvia Federici é professora emérita da Universidade de Hofstra, em Nova York. É também autora de O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista (Elefante, 2019), Reencantando o mundo: feminismo e a política dos comuns (Elefante, 2022) e Além da pele: repensar, refazer e reivindicar o corpo no capitalismo contemporâneo (Elefante, 2023).
Verónica Gago nasceu em 1976, em Chivilcoy, na Argentina. É doutora em ciências sociais, professora da Universidade de Buenos Aires (UBA) e da Universidade de San Martín (Unsam) e pesquisadora do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Conicet). É autora de Controversia: una lengua del exilio (Biblioteca Nacional, 2012), A razão neoliberal: economias barrocas e pragmática popular (Elefante, 2018) e A potência feminista, ou o desejo de transformar tudo (Elefante, 2020), e coautora de Uma leitura feminista da dívida (Criação Humana, 2021) e La casa como laboratorio (Tinta Limón, 2022), com Luci Cavallero, além de inúmeros artigos acadêmicos sobre economia popular, economia feminista e teoria política, publicados em diversos idiomas. É militante dos movimentos NiUnaMenos (contra o feminicídio), Marea Verde (pela descriminalização do aborto) e Greve Internacional de Mulheres.
Luci Cavallero é feminista, socióloga e pesquisadora da Universidade de Buenos Aires (UBA). Seu trabalho aborda a ligação entre a dívida, o capital ilegal e a violência. É coautora Uma leitura feminista da dívida (Criação Humana, 2021) e La casa como laboratorio (Tinta Limón, 2022), com Verónica Gago. É militante dos movimentos NiUnaMenos (contra o feminicídio), Marea Verde (pela descriminalização do aborto) e Greve Internacional de Mulheres.
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