Como contar a história da música brasileira? A série Álbum propõe partir destas criações que atravessam o tempo e marcam a experiência de diferentes gerações: os discos. Iniciando em 1950 e chegando até hoje, o jornalista e crítico musical Pedro Alexandre Sanches reconta esta história visitando a trajetória de um formato específico de circulação musical: o "long play", ou o popular LP. Este volume 3 de "Álbum: a história da música brasileira por seus discos" traz como subtítulo "Levante feminino, fundo de quintal, new wave tropical e afropop brasileiro" e cobre o período entre 1978 a 1993. Na produção fonográfica, o período recortado é marcado pelo desdobramento da chamada música de protesto, pelo rock das bandas nacionais e adiante, como avanço técnico nos anos 90, pelo aparecimento de uma mídia que substituiria os LPs: os compact discs, ou CDs. Escreve Alexandre Sanches: "Os 'bolachões' de vinil encolheram para 'bolachinhas' metalizadas encaixotadas em plástico, discos compactos de tecnologia digital em que cabem não mais as duas canções dos compactos originais do início do século XX, mas uma fartura composta por 14 ou mais faixas. O ambiente de exuberância obrigou os artistas a criar mais músicas para cada álbum e gerou, no contrafluxo, uma demanda cada vez maior pelos projetos de regravações (Acústico MTV à frente) de sucessos antigos, primeiramente por parte de artistas veteranos que lutavam para se manter relevantes no mercado musical." Nesta travessia do vinil para o digital, o autor escreve sobre cerca de 110 obras do período. Entre os discos que o autor dedica texto neste volume (sempre acompanhado das imagens das capas) estão: Babilônia, de Rita Lee & Tutti Frutti; Zé Ramalho (1978); Cinema transcendental, de Caetano Veloso; Paratodos, de Chico Buarque; Chaos A.D., de Sepultura; Sorriso de criança, de Dona Ivone Lara; Holocausto urbano, dos Racionais MCs; Cássia Eller (1990); Raça Negra (1991); O canto da razão, de Art Popular; Geraldo Filme (1980); A arte negra de Wilson Moreira e Nei Lopes (1980); Clara crocodilo, de Arrigo Barnabé; Transe total, de A Cor do Som; Os Saltimbancos Trapalhões (1981); As aventuras da Blitz 1 (1982); Luz, de Djavan; Doma, de Almir Sater; Pássaros na garganta, de Tetê Espíndola; Essa tal Gang 90 & Absurdetes (1983); Voo de coração, de Ritchie; Gretchen (1983); Clementina, de Clementina de Jesus; Seu Espião, Kid Abelha & Os Abobóras Selvagens; Fullgás, de Marina Lima; Somos todos iguais, de Elza Soares; Leci Brandão (1985); Legião Urbana (1985); Cabeça Dinossauro, de Titãs; Selvagem?, de Os Paralamas do Sucesso; Vivendo e não aprendendo, de Ira!; Sandra Sá (1986); Alô, malandragem, maloca o flagrante!, de Bezerra da Silva; Jovelina Pérola Negra (1986); Zeca Pagodinho (1986); Vida bandida, de Lobão; Cio da Terra, de Pena Branca & Xavantinho; Reflexu's da mãe África, de Reflexu's; Egito Madagáscar, de Olodum; Cida Moreyra interpreta Brecht (1988); Xou da Xuxa 3 (1988); Pergunte a quem conhece, de Thaíde & DJ Hum; DJ Marlboro apresenta Funk Brasil (1989); Recôncavo, de Edson Gomes; Leandro & Leonardo (1990); Bicho de 7 cabeças, de Itamar Assumpção, entre outros.