O editor Ênio Silveira, que publicou Pedra Canga, primeiro livro de Tereza Albues, destacou o fato da autora - que escreveu toda a sua obra em Nova York -, continuar "integrada ao realismo mágico de seu microcosmo mato-grossense, pantaneiro em particular, que constitui cenário e ponto de apoio de sua ficção. Visto de longe, da supermetrópole quase robotizada onde os seres se transformam em símbolos de computador, ele passa a ter contornos, cores, cheiros e sons mais nítidos do que antes, em cujo centro se agita, sonha e sofre um fragmento de humanidade que, assim como aquele das comarcas mississippianas retratadas por William Faulkner, escapa de seus estreitos limites geográficos para ganhar foros de universalidade." Neste romance Tereza Albues recria uma pequena comunidade à beira do Pantanal, onde acontecimentos mágicos e criaturas estranhas envolvem todos os personagens.