O livro olha para o passado, para o presente e para o futuro da história dos dois países. Há 200 anos, a independência brasileira teve características marcantes e peculiares no cenário internacional e de época. Não envolveu a ruptura contra seu antigo colonizador, tão comum em outras colônias. Não houve a fragmentação do território, da organização política e da língua, mas é inegável que se pagou um preço alto, inclusive, ao acabar com diferentes rebeliões regionais e se manter a escravidão por décadas. Após 200 anos, a sociedade, a economia, brasileira e mundial, atravessam um período de transformações radicais, provocadas, dentre outras, pela revolução digital, pandemia, desequilíbrio ambiental, guerra no velho centro do mundo, desigualdades sociais e ameaças à democracia. Alguns desafios brasileiros ainda não foram superados e surgem outros, e imensos, para tornar uma nação independente e integrada. Agora, a expectativa é de melhores condições de vida, com menos desigualdade, social e econômica, com mais respeito à diversidade e com sustentabilidade ambiental, ou seja, que se possa ter uma nação, uma sociedade e uma economia mais sólidas e justas do que hoje ou do que há dois séculos. Muitos fatores conspiram para que Brasil e Portugal venham estreitar ainda mais seus laços de amizade e parceria. Na sociedade e na economia moderna, cada vez mais globalizada, ser uma nação realmente independente exige integração aos valores, aos padrões de vida e de negócios e, sobretudo, aos compromissos com a sustentabilidade, ambiental e social.